quinta-feira, 19 de maio de 2011

E aí C.A, Vamos Lá?!

Quando entramos na Universidade sempre temos aquela idéia de que entramos lá para mudar o mundo com nossos pensamentos e idéias geniais - nem sempre são geniais para todos que as ouvem-. Só que quando nós entramos lá, caímos de cara no chão porque o que poderia ser a nossa representatividade dentro da Universidade está abalada e com medo de mostrar a cara e de tentar mudar todas as concepções erradas de que nós todos os alunos temos contra o CAPe. Vocês podem achar que eu sou louca, talvez eu até seja, mas se um C.A não consegue representar os alunos, pra que tê-lo então?
A função que o C.A. deve exercer no papel é linda, quase que maravilhosa. Pra quem não sabe essas funções são: organização de debates, discussões, palestras, semanas temáticas, recepção de calouros e realização de projetos de extensão; encaminhamento, mobilização e organização de reivindicações e ações políticas dos estudantes; mediação de negociações e conflitos individuais e coletivos entre estudantes e a faculdade; realização de atividades culturais como feiras de livros, festivais diversos, etc.
Agora para que ter um centro acadêmico, se eles mesmos não se entendem entre si, agora imaginem quão difícil será eles conseguirem se entender com o curso de Pedagogia, será um tanto difícil, não? Esse não é um ponto tão crítico, há problemas piores a serem resolvidos antes de nós querermos um entendimento entre eles. Do que adianta termos um C.A que já afirmou que não vai fazer nenhuma grande reividicação sobre os problemas da instituição por medo de uma represália, talvez uma herança cultural oriunda dos tempos da ditadura brasileira. E para os que não sabem, a universidade não pode por lei, nos impedir de fazer qualquer manifestação. O mundo infelizmente não gira só em torno de negociações, é preciso ás vezes ter grandes reivindicações, grandes protestos, greves. Não questiono só a falta de interesse pelo C.A de não lutar pelos interesses dos alunos que o elegeram, e sim, pela universidade como um todo estar se despolitizando, e se partidarizando.
O problema é que se nós não começarmos a mudar o problema da base e nos politizarmos, cada vez mais nós iremos nos acostumando com os problemas e deixando que apenas na conversa de terceiros as coisas se arrumem. E infelizmente isso demora para acontecer pois sempre terá um indivíduo que é partidarizado e não poderá representar os alunos politizados devido a sua filiação politica.
O que alguns futuros pedagogos não entendem é que o papel do professor, não é só ir a escola e ensinar as crianças o bê-a-, além disso precisamos ensinar as crianças e adolescentes a lutar por seus ideais, a mostrar as coisas erradas que acontecem no nosso país e no mundo a fora, além de mostrarmos que não somos coniventes com isso, e desse modo ir politizando as pessoas com quem convivemos e conviveremos.
Se nós estivessemos na Argentina ou no Chile, por menores que fossem os problemas na universidade, os alunos já teriam se manifestado através de manifestações, paralisações, já tinham pintado a cara e ido as ruas protestar. Enquanto aqui nós esperamos quietos. E aí Centro Acadêmico, vamos a luta ou vamos ficar quietos até as coisas se tornarem normais para nós?




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